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A navegar na blogoesfera encontrei estas duas autênticas pérolas de Jorge Araújo numa entrevista à Antena 1, em Maio de 2009. Para guardar no baú.
 
 
Jornalista: O treinador Jorge Araújo procura sempre formar a melhor equipa?
Jorge Araújo: (..) A melhor equipa não é uma coisa em abstracto. A melhor equipa depende dos objectivos e resultados que se pretendem alcançar. Uma imagem da minha modalidade é elucidativa: se alguém me pede que eu ao treinar uma equipa de basquetebol não me preocupe tanto com os resultados mas me preocupe mais com o espectáculo do jogo, obviamente o tipo de equipa a formar, a melhor equipa que eu vou procurar formar, não é nem de longe nem de perto a mesma equipa se me pedem resultados a curto prazo. Portanto a melhor equipa não pode ser entendida em abstracto tem sempre que ser entendida relativamente ao objectivo e às circunstâncias.
 
Jornalista: Vivemos numa sociedade muito competitiva?
Jorge Araújo: Generalizou-se a ideia que é preciso competir e que vale tudo para ganhar. Ora aquilo que os meus mestres norte-americanos me ensinaram era que não era esse o sentido. Porque esse sentido não permite que eu coopere, não permite que haja situações em que todos ganhemos, por exemplo. Este tipo de questão de que vale tudo desde que ganhemos é produzir terra queimada! (..)
 
Tem que haver, regulação, regras, princípios. Repare, eu vivi experiências na NBA como uma que eu falo nesse livro que foi: a de me sentar junto do realizador que tinha o guião em que durante 4 horas, ele tinha ao minuto, ao segundo, o que teria que acontecer. Para meu espanto, abro o guião e vejo “Abrir o portão” e vou à última página e vejo “Fechar o portão”, ou seja, o grau de pormenor…. e com um quadradinho à frente onde estava registado quem abria o portão….. e o português que era eu, quando vi “Abrir o portão” disse: “Com franqueza, se não se abre o portão não há jogo!!!”, e logo me disse: “Não, não….. tem que haver um responsável” “e à hora que abre o portão porque isto tem que ficar controlado”, este grau de rigor, este grau de exigência a que todos se habituam, onde acontecem surpresas apesar do guião……. uma senhora tipo beijoqueira que num determinado momento surpreende corre pelo campo e vai beijar o treinador, não estava nada previsto que isso acontecesse mas o treinador que é um senhor, que quem olhasse para ele nunca acreditaria que aquilo era possível, mas ele imbuído do espírito da coisa, faz algo que durante 4 dias foi transmitido em todas as televisões a nível mundial que foi, quando a senhora lhe deu o beijo…. (e a senhora era verdadeiramente espectacular pelo volume corporal que tinha) ele simulou um desmaio!! E ao simular um desmaio imagine o que foi isto nos órgãos de comunicação….
 
E o jogo era decisivo para a equipa dele. Entre nós dir-se-ia logo: “Não, o treinador tem que estar com um grau tal de concentração que ele é incapaz de colaborar, é incapaz de tal”, eu assisti a jogos decisivos onde era permitido a dois ou três dos responsáveis da equipa terem uns cadeirões e assistiam à preparação do jogo dentro da cabine. Isto é um contributo para o todo. É importante para todos que haja esta ideia do objectivo comum mas estamos a competir na mesma.
 
 
 
 

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