O factor desportivo
 
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O factor desportivo

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San Payo AraújoDurante o 12º Memorial Prof. Mário Lemos, dizia-me o Ricardo Lopes, presidente do Clube Desportivo de Mangualde e técnico de desporto da Câmara

que de um modo geral todos os clubes do concelho nas diversas modalidades individuais ou colectivas, mesmo no futebol, estavam com alguma dificuldade em segurarem os seus praticantes na fase da adolescência ou seja entre os 14 e os 19 anos.

Esta opinião do Ricardo Lopes apenas veio reforçar a forma como terminei a minha intervenção em Munique durante o 7º Get together da FIBA – Europa. Na mensagem final da minha intervenção afirmei que se queremos jovens a jogar basquetebol temos de saber interpretar as suas necessidades e não as necessidades dos adultos, das associações ou das federações. Saber interpretar as suas necessidades é o caminho de levá-los a escolherem e posteriormente a não abandonarem o desporto que gostamos é o caminho para optarem pelo basquetebol.

Na assembleia do 15º Jamboree, que decorreu em 2009 nos Açores em Santa Maria houve uma pergunta de um jovem de Gouveia distrito da Guarda que me ficou na memória. A assembleia do jamboree é um momento em que os participantes do evento se encontram com membros das entidades locais para poderem satisfazer a sua curiosidade sobre a região onde o evento decorre. Nessa assembleia o Tiago Mendes Dias do Clube Camões perguntou ao Armado Soares, Presidente da Associação de Basquetebol de Santa Maria o seguinte: - Havendo apenas dois clubes na ilha quantos jogos por época é que os minis de Santa Maria faziam?  Ele não perguntou como é que era apurado o campeão da Associação, não questionou como era organizado o quadro competitivo o que ele queria saber, era quantos jogos faziam por época. Quando o Presidente da ABSMA lhe respondeu que faziam seguramente para cima de 20 jogos o Tiago ficou muito espantado pois ele, não vivendo numa ilha, não fazia mais de 3 a 4 jogos por ano. É caso para dizer que nalguns casos há mais insularidade no interior do que nas ilhas.

Não é por acaso que o Tiago Silva, treinador dos Estrelas Brigantinas de Bragança, como já relatei no artigo anterior, estava a ver se conseguia jogar em Espanha. Nas ilhas os clubes sabem, que se não jogarem frequentemente uns com os outros não tem hipótese de jogar, por isso organizam-se e jogam. 

De uma vez por todas, temos que compreender que os jovens para se fixarem à modalidade tem de ter a hipótese de jogar e jogarem muitas vezes, mesmo que nalgumas regiões os jogos possam ser um pouco repetitivos. Eles não se cansam, quem se cansa são os adultos. Quando era jovem no intervalo da escola ou ao fim da tarde na rua ia sempre jogar, e durante o ano lectivo jogávamos sempre os mesmos e nunca nos cansávamos. Não havia classificações, pois esta, é fundamentalmente uma necessidade do adulto e não da criança.

No minibásquete e mesmo nos escalões mais jovens a necessidade o fundamental para as crianças e jovens é jogarem. Para as crianças cada jogo é encarado sempre cheio de vontade de ganhar, entusiasmo e empenho. Cada jogo é uma competição de “per si” a classificação não é necessária, se for possível na semana seguinte encontram-se e jogam de novo com entusiasmo a não ser que o adulto os desmotive de tal. Cada jogo é uma final que as crianças querem naturalmente ganhar. Contudo como não conta para uma classificação quem se desmobiliza são os adultos esquecendo-se que o jogo é um excelente momento de aprendizagem e que se verdadeiramente queremos ensinar temos de saber aproveitar esses momentos.

Em época natalícia, conseguirmos formas de aumentar o número de praticantes e conseguirmos que estes joguem muito e muitas vezes é a melhor prenda que podemos oferecer às crianças do país e é decisivo para a criação do gosto e fidelização pela modalidade.

Ano novo vida nova e depois de ter dado várias pistas de reflexão sobre a divisão geográfica e administrativa, no próximo artigo vou apresentar uma possível sugestão das “novas fronteiras”.

Boas festas a todos!

 

 


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