Depois da China, vamos descer um pouco mais no mapa para falar da grande potência do basquetebol da Oceania, a selecção da Austrália.
Conhecidos como "Boomers", os australianos apresentam tradicionalmente equipas bastante competitivas e difíceis de derrotar, assentes num estilo de jogo descomplexado, rápido e bastante ofensivo. E apesar de nunca terem atingido qualquer medalha olímpica, ficaram já por três vezes a um curto passo de o conseguir, ao terminar no 4º lugar nos Jogos de Seoul'88, Atlanta'96 e Sydney'2000. Será que é este ano que chegam ao pódio?
A missão não será seguramente fácil, mas os australianos podem fazer uma surpresa. Na caminhada para Londres, a Austrália derrotou várias vezes a China e um combinado de segunda linha grego (Grécia B), ainda no passado mês de Junho. Mais recentemente e já na Europa, a Austrália causou sérios embaraços nos dois jogos disputados com a Espanha e após nova derrota com o Brasil, a vitória diante da França foi um bom sinal, naquele que foi o último teste antes da competição a sério.
Mesmo sem contar com a grande figura do basquetebol australiano dos últimos anos, Andrew Bogut, a contas com problemas físicos, os Boomers contam com vários jogadores talentosos e que actuam em campeonatos muito competitivos. O exemplo é dado pelo capitão de equipa, Matthew Nielsen e pelo não menos experiente David Andersen, as duas peças chave do jogo interior australiano. Por fora, os Boomers contam com a pontaria de Brad Newly, Joe Ingles, bicampeão espanhol ao serviço do Barcelona e claro com a irreverência de Patty Mills, o pequeno base que apesar de pouco utilizado na NBA (joga actualmente nos San Antonio Spurs), se agiganta sempre que veste as cores australianas.
Assim que começar o campeonato, a Austrália terá a possibilidade de se redimir das derrotas da fase de preparação, já que enfrenta novamente o Brasil e a Espanha. Seguem-se depois os jogos com a China e com o Reino Unido, antes do desafio contra a Rússia. E se duas vitórias garantem praticamente a passagem à fase seguinte, o objectivo passará sempre por tentar vencer pelo menos, mais um jogo e assim escapar ao previsível vencedor do grupo A, os Estados Unidos da América.
