As 31 equipas que disputaram a 1ª fase da Zona Sul do Nacional da 1ª Divisão realizaram em 3 grupos 298 jogos, com uma diferença média nos resultados de 20 pontos.
Na 2ª fase participam apenas as 12 equipas teoricamente mais apetrechadas e seria lógico esperar mais equilíbrio e competitividade, mas a diferença média após completados os 24 jogos das primeiras 4 jornadas mantém-se nos 20 pontos. Ao contrário do sistema de Play-Off, em que os participantes mantêm até ao fim da sua participação a possibilidade de alcançarem objectivos de vitória, o actual sistema corre o risco de deixar desde muito cedo em prova equipas sem objectivos, e daí à perda de motivação para competir é um passo muito curto.
No grupo B o Estoril Basket continua a desiludir, depois de integrar por direito próprio o núcleo dos favoritos da 2ª fase. Na dupla jornada do fim de semana os estorilistas começaram por vencer o Reguengos de Monsaraz (76-62), mas no dia seguinte de novo em casa na recepção ao Seixal somaram a 3ª derrota (68-73) frente a uma equipa que haviam vencido na 1ª fase por duas vezes. No mesmo grupo, Física e Atlético encontram-se na situação inversa. Ambos tiveram um bom início e continuam com um percurso paralelo, vencendo ambos os dois encontros do fim de semana. O Atlético começou por se deslocar ao Seixal onde bateu o conjunto local (68-80) e teve depois um domingo mais relaxado ao receber o Ginásio Olhanense e conseguir um resultado que reflecte a diferença de potencial entre as duas equipas (87-59). Curiosamente a Física bateu em casa a equipa de Olhão exactamente pela mesma diferença (79-51) e deslocou-se no domingo ao Alentejo para obter mais uma vitória expressiva (55-80) sobre o Reguengos de Monsaraz.
O grupo A está a oferecer encontros com bastante mais intensidade, isto apesar de o Ferragudo continuar a acumular derrotas pesadas. O conjunto algarvio começou por perder em casa com o vizinho Imortal (56-91) e deslocou-se depois até à margem sul do Tejo para ser batido pelo Barreirense (86-57), que assim obteve a sua primeira vitória da 2ª fase. Os inconformados deste grupo e principais responsáveis por a competição não cair no marasmo chamam-se Moscavide e Algés. Assumindo o princípio de que resultados anteriores não afectam resultados futuros, os dois conjuntos entregam-se a cada jogo em busca da vitória com as armas que têm e com o prazer de jogar estampado em todas as suas acções. No domingo foi a vez do Algés discutir a vitória com um dos líderes do grupo, o Imortal. Frente a um conjunto experiente e com uma média de alturas elevada para este campeonato, o Algés fez valer a mobilidade dos seus jovens jogadores e principalmente uma enorme capacidade de reagir a situações de desvantagem para forçar os visitantes ao prolongamento. O ascendente do jogo pendeu durante a 1ª parte para o lado do Imortal, que ao intervalo vencia (32-40). No 3º período assistiu-se à primeira aproximação do Algés. O marcador chegou a registar um empate mas o Imortal reagiu e no final do período tinha voltado à liderança (47-54). No último quarto a história repetiu-se, com o Algés a voltar a aproximar-se e a conseguir desta vez passar para a frente a cerca de 3 minutos do fim, à custa de dois roubos de bola quase consecutivos terminados em contra-ataques concretizados. A vencer por 5 pontos, faltou à equipa da casa serenidade na linha de lance livre para garantir a vitória. Em 8 tentativas o Algés só marcou 2, permitindo o empate (66-66) no final dos 40 minutos. Nos 5 minutos do prolongamento a experiência dos visitantes impôs-se, e já não permitiu nova recuperação ao Algés. O Imortal abriu uma diferença de 5 pontos e conseguiu geri-la até ao fim para terminar vencedor (71-74).
Já a meio da semana, foi a vez do Moscavide ir ao Restelo pôr em causa o favoritismo do outro líder do grupo, o Belenenses. Depois de uma primeira parte em que o conjunto de Belém esteve mais tempo à frente mas que acabou empatada (41-41), na 2ª metade a mão dos visitantes começou a ficar cada vez mais quente, e sabe-se como é temível o lançamento exterior do Moscavide quando consegue abrir espaços. A 2ª parte mostrou alguns momentos espectaculares de despiques de triplos de um e outro lado, mas apesar dos esforços do Belenenses os visitantes aumentaram progressivamente a vantagem, à custa da eficácia do seu lançamento, mas também do empenho defensivo e de uma enorme abnegação na luta dos ressaltos. A vitória do Moscavide (77-89) é o resultado natural da forma como decorreu um encontro em que o Belenenses se exibiu uns furos abaixo do que já mostrou esta época. Já no sábado os azuis tinham sentido sérias dificuldades na deslocação ao Barreiro, mas acabaram por conseguir superar o Barreirense, embora pela diferença mínima (69-70). Os próximos jogos dirão se foi apenas um dia mau ou se na equipa do Restelo há uma quebra de forma, que nesse caso estará a acontecer no pior momento possível.
A 5ª e última jornada da 1ª volta disputa-se em vários dias ao longo da próxima semana e tem o atractivo de colocar frente a frente em ambos os grupos o 1º e o 2º. As atenções estarão por isso centradas nos encontros de Torres Vedras e de Albufeira, mas em Moscavide também se espera um encontro competitivo.
13 de Abril
- Seixal-Reguengos às 17:00h no Pav. sede do Seixal
16 de Abril
- Física-Atlético às 21:30h no Pav. da Física – Torres Vedras
17 de Abril
- Moscavide-Barreirense às 21:30h no Pav. do Moscavide
18 de Abril
- Ferragudo-Algés às 15:00h na Nave Desportiva de Ferragudo
- Ginásio Olhanense-Estoril Basket às 17:00h no Pav. do Ginásio Olhanense
19 de Abril
- Imortal-Belenenses às 16:00h no Pav. Desp. de Albufeira