Uma Final para a história
 
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Uma Final para a história

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altPela primeira vez desde 1998, as mesmas equipas repetem em anos consecutivos a presença na final da competição. Spurs e Heat avençam e pelo caminho ficam os Thunder e os Pacers.

Depois dos Heat terem superado os Indiana Pacers em seis jogos, os Spurs fizeram o mesmo aos Thunder e avançam novamente para as Finais.

Os Miami Heat dominaram a eliminatória com os Indiana Pacers a partir do momento em que viraram o jogo 2 e empataram a série 1 a 1. A jogar em casa, os Heat não deram quaisquer hipóteses aos Pacers, que mesmo apesar das manobras de Lance Stephenson acabaram por aceitar a dura realidade de que os Heat são mais fortes. E em momentos decisivos, a diferença ficou bem mais clara com a experiência do conjunto de Miami a catapultá-lo para a quarta presença consecutiva nas Finais. Desde que se juntaram para formar o Big 3 em 2010, Lebron James, Dwyane Wade e Chris Bosh não falharam uma Final da competição e este ano não será excepção. Quanto aos Pacers foram derrotados pelos Heat nos playoffs pelo terceiro ano consecutivo e desta vez nem a vantagem casa lhes valeu. E com Stephenson prestes a tornar-se free agent, muita coisa poderá mudar em Indiana na próxima temporada.

No Oeste os Spurs eliminaram os Thunder, ao vencer em Oklahoma City o jogo 6 após prolongamento, naquele que foi o desafio mais equilibrado de toda a eliminatória. Depois das equipas da casa terem dominado os primeiros 5 jogos, assistiu-se finalmente a um encontro equilibrado e disputado até final. O triunfo acabou por sorrir aos visitantes Spurs, que mesmo sem contar com o lesionado Tony Parker na segunda parte, fizeram valer a força da sua equipa diante dos mais explosivos mas impulsivos Thunder. Foi a vitória do sistema de jogo colectivo implementado por Gregg Popovich em San Antonio e que tão bons resultados tem gerado. Neste decisivo jogo 6 e com Parker a assistir do banco foi outro francês, Boris Diaw quem assumu o destaque a par de Tim Duncan, Kawhi Leonard e Manu Ginobili. Do lado contrário, Durant e Westbrook fizeram tudo o que podiam e encheram a folha de estatística. O que não podiam ou melhor não deviam ter feito foram os 14 turnovers cometidos (7 cada um), tantos quantos toda a equipa dos Spurs. Apesar de ainda jovens, os anos continuam a passar e os Thunder voltam a falhar os objectivos propostos e tendo em conta que os contratos de KD e RW vão a meio, não ficaria espantado se os seus responsáveis abrissem as portas da saída a Scott Brooks.

Dinastia vs Legado. Quem deixa o seu nome na história?

É preciso regressar ao século passado e à última final ganha pelos Chicago Bulls diante dos Utah Jazz, em 1998 para termos um reencontro nas Finais entre os finalistas do ano anterior. Na altura, o conjunto liderado por Michael Jordan, Scottie Pippen e Dennis Rodman levou de vencida os Jazz de Karl Malone e John Stockton, naquele que acabou por ser o último ano do reinado de Jordan e dos Bulls. Curiosamente, foi tambem o primeiro ano de Tim Duncan na NBA.

Este ano a história repete-se com alguns outros pontos em comum, sendo que um deles assume uma importância singular. Os Heat, tal como os Bulls em 1998 são bicampeões e têm a possibilidade de atingir o three-peat, um feito ao alcance de poucos e que historicamente os colocará num patamar diferente de todas as equipas que nunca foram alem do bicampeonato. A dinastia dos Heat está à distância de apenas 4 vitórias. Será que as vão conseguir?

Por outro lado, os Spurs são consideradas a mais estável e organizada equipa da competição e é de facto notável o elevado nível competitivo que têm mantido na última década e meia. Ainda assim, o conjunto de San Antonio não vence o campeonato desde 2007 e nunca conseguiu prevalecer em duas épocas consecutivas. No entanto, uma eventual vitória este ano, sete épocas depois da última conquista e mantendo a espinha dorsal da equipa, elevaria tambem o legado de Popovich, e do trio formado por Duncan, Parker e Ginobili a outro nível. Aos Spurs faltam as mesmas 4 vitórias. Será que as conseguem obter?

Spurs e Heat entram em campo na próxima quinta-feira para começar a discussão pelo ceptro. Na minha opinião e mesmo que Tony Parker não esteja a 100%, aposto nos Spurs para vencer este ano. A profundidade do plantel, a vantagem casa e o desejo de vingar a derrota sofrida nas Finais do ano passado vão pesar mais do que a capacidade de LeBron James e companhia.

Aceitam-se apostas acerca de quem vai vencer e que a bola comece a saltar rapidamente.

 

 


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