Conhecer outros heróis
 
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Conhecer outros heróis

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Eduardo AlmeidaCom a devida vénia, este é um depoimento que o Planeta Basket considera que deveria ser lido por muitos pais.

Conhecer outros heróis

 

O minibásquete visto por mim, ex-praticante de futebol (federado) ténis (federado), golfe (federado) e voleibol (universitário), “adepto ferrenho” durante 42 anos de futebol, e atual dirigente de clube e pai de praticante de basquetebol e minibasquete.

Muitas vezes em reflexão filosófica, interrogo-me, como pude, alguma vez, preferir a vivência de “fanaticamente apoiar um clube” e/ou uma modalidade”, “endeusar” jogadores de futebol (e outras atividades “profissionais”) como heróis?

Como pude apoiar incondicionalmente intervenientes e dirigentes, qualquer que fosse a sua opinião, ouvir e ler comentários e crónicas sucessivas, ao que vi, ou pensava ter visto, para confirmar o que pensava ter pensado, sem querer conhecer ou imaginar outras realidades ou outros “heróis”?

É simples, nunca tinha contactado com o minibasquete!

Ter contacto com esta modalidade, no seu modelo mais natural, ou seja “ver, ouvir, sentir” crianças a jogar minibasquete, eleva-nos para um patamar de existência, que só pode ser de emoção, e vontade de estar à altura dessa atitude positiva dos “pequenos heróis” que normalmente temos à nossa frente.

Estes novos, meus “heróis”, não precisam de mais de “um palmo e meio”, para cumprimentarem antes e depois dos jogos o adversário-amigo que joga com eles, e para se preocuparem muitas vezes até com a “menor inspiração” de um “amigo da outra equipa”, que só por coincidência, naquele momento, está do outro lado do campo.

Estes novos, meus “heróis”, olham e dizem aos pais, “advertindo-os” que não devem ver no jogo a decisão das vidas de ninguém, nem nos seus oponentes, os adversários e amigos para a vida.

Estes novos, meus “heróis” o que pedem ao treinador é para os ensinar a Jogar para poderem ter mais prazer no jogo. Não pedem os ensinar a ganhar isso é consequência do que aprendem.

Estes novos “Heróis”, fazem-me acreditar que ainda pode haver desporto são e correto, sempre e também com objetivos de vencer, mas onde os vencidos, não tenham que sair menorizados da disputa.

Facto – Com estes novos, meus “heróis”, pela primeira vez, ao fim de 10 anos de atividade, o clube que dirijo, conseguiu apuramento para o Campeonato Nacional de Sub-14 femininos e vai participar no respetivo Campeonato de Sub-14 Femininos, integrando 4 atletas de Minibasquete.

Curiosidade - Duas dessas “Grandes Mini Atletas de 10 anos” pediram-me um dia, para independentemente de terem (à tarde) um jogo para disputar pelas Sub14 Fem., que gostariam de jogar pela manhã numa concentração de minibasquete, porque queriam jogar com uma equipa, que até sabiam ser forte “provavelmente” melhor que elas. Mas o que queriam era jogar…”

Obrigado minibasquete, por todas estas emoções que me fizeram voltar a sentir.

Eduardo Almeida - Secção de Basquetebol do Juventude Pacense

 

 


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