A faca
 
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A faca

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altÉ impressionante como a competição e os resultados, mesmo de jogos sem grande significado, podem perturbar a calma, a educação e o discernimento de alguns adultos, sejam eles treinadores, dirigentes ou encarregados de educação.

Sempre que dou uma acção de formação, o que normalmente acaba sempre por vir à baila, não é tanto como devemos ensinar os jovens, mas como é que devem ser realizadas as competições para os mais jovens. O foco de muitos treinadores de formação não está centrado na aprendizagem, mas na competição. Há entre muitos adultos uma crença, que está certamente por provar, que a realização da competição formal desde muito cedo, vem resolver os problemas da formação desportiva. Como refere o Prof. Teotónio Lima: “Em quase todas as modalidades, a maioria dos agentes desportivos perfilha o princípio incorrecto de iniciar os jovens a fazê-los competir o mais cedo possível como condição obrigatória para serem “alguém” na modalidade.”

Se um dos maiores pensadores do fenómeno desportivo em Portugal nos alertou para tal situação, talvez, valha pelo menos aos treinadores reflectirem sobre o pensamento do Prof. Teotónio Lima. Como dizia o amigo Jorge Adelino, numa rubrica que ele assinava no site da ANTB, “Se eles dizem…

Este é um tema sobre o qual muito reflicto, mas por hoje fico-me por uma das formas como abordo este assunto, quando sou solicitado a falar sobre este tema. Quem já assistiu a intervenções do Prof. Carlos Alberto Gonçalves, conhece bem esta estória.

Quando é convidado a falar sobre este tema o Prof. Carlos Alberto Gonçalves costuma levar uma grande faca de cozinha embrulhada em papel. Depois de a desembrulhar, enquanto aguça a curiosidade de quem o está a ouvir, pergunta: “Esta faca é boa ou má?” Perante o silêncio das pessoas o professor dá a resposta: “É boa e má depende do uso que lhe dermos.” Exemplificando, se for para trinchar uma peça de carne, numa refeição de boa convivência entre amigos é boa, se for utilizada para matar alguém é má. A competição tal como uma faca não é boa nem má de per si, a competição como uma faca depende do uso que lhes dermos. Cabe então aos adultos que organizam e seguem as competições para os mais novos, (com ou sem árbitros), darem-lhe um uso correto. Pois como me dizia um amigo, depois de ler o meu último artigo: “Não haver árbitros não é bom, mas realmente muito pior que a falta de árbitros é a falta de educação dos adultos.

 

Comentários 

 
+2 #2 António Lopes 29-03-2017 19:43
Boa San Payo! Na mouche.
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+2 #1 Paulo Mesquita 28-03-2017 18:23
Excelente artigo. Depois de 7 anos a observar (apenas como pai) a formação do basketball nacional e acreditando que algo de muito semelhante se passará com a fotrmação em muitas outras modalidades, eu crie uma máxima para mim: Quem não forma...deforma. Todos nós, pais e treinadores devemos proteger a alegria dos jovens atletas de maneira a que eles não percam o prazer e alegria de jogar. Seja em que desporto fôr.
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