Pela segunda vez o Imortal Basket Clube organiza um Clinic Internacional exclusivamente dedicado ao minibásquete. Nos meus 16 anos ligados à Federação estive presente, quer em Portugal,
quer em vários países europeus em clinics em que o tema do minibásquete era abordado, contudo, é minha opinião que este terá sido seguramente um dos melhores clinics dedicados ao minibásquete em que estive presente. Parabéns ao Amândio Amorim e a toda a equipa do Imortal Basket.
Nesta breve apreciação do clinic, não vou evidentemente falar sobre a minha intervenção, pois não devemos ser juiz em causa própria, mas posso falar sobre as intervenções do Maurício Mondoni, António Carrillo e Rui Pedro Nazário. Foram todas de excelente e elevado nível técnico e pedagógico.
De todos os prelectores retive sugestões que irão certamente enriquecer as minhas futuras intervenções e sobre algumas destas ideias, irei certamente falar quando voltar a abordar exercícios para os minis. Enquanto o Carrillo, já tem uma forte ligação a Portugal e tem intervindo em várias regiões do país o Maurício Mondoni é a segunda vez que vem a Portugal, tendo sido a primeira a convite do Armando Soares, ex-presidente da Associação de Basquetebol de Santa Maria. Foi pena que nessa ocasião a sua passagem pelos Açores, não tenha sido mais aproveitada por mais treinadores das diversas Associações Açorianas. O Mondoni vai em breve voltar ao nosso país pelo que sugiro que os treinadores do continente aproveitem a sua passagem por Lisboa, Coimbra, Aveiro e Porto. Quanto ao companheiro e amigo Rui Pedro Nazário, que foi a primeira vez que vi intervir como formador, No final do clinic, disse-lhe que um dia destes era obrigatório, que ele interviesse em Cantanhede. Não foi para mim uma surpresa, mas apenas a confirmação do seu enorme potencial como prelector.
Finalmente, termino com as ideias mais fortes transmitidas no clinic. Todos os intervenientes esclareceram com enorme clareza, e de diversas formas, as diferenças que existem entre o minibásquete e o basquetebol. Todos os intervenientes afirmaram e demonstraram através dos seus exercícios, a importância da componente lúdica no treino de minibásquete. Todos reforçaram a importância do desenvolvimento das capacidades coordenativas. E todos os intervenientes, mas talvez com maior incidência o Carrillo, dado um dos temas da sua intervenção, foram muito claros, que uma coisa é ensinar jogadas, outra coisa é ensinar a jogar. No minibásquete ensinar jogadas, pode eventualmente resolver o problema dos treinadores, nomeadamente os que centram a sua atenção nos resultados, ensinar a jogar resolve o problema das crianças.
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