Uma das maiores transformações, imperceptível a muita gente, do basquetebol em Portugal, na última década e meia é o exponencial aumento de torneios, existentes para os escalões de minibásquete.
São actividades que não são visíveis aos olhos do grande público, pois muito raramente são notícias de televisão ou jornais. Quem como eu acompanha e acompanhou de perto todo este desenvolvimento sabe, que actividades existiam para o minibásquete, e em que momentos da época estas aconteciam, em 2000.
No início do seculo XXI as actividades do minibásquete eram completamente residuais e decorriam normalmente entre as férias da Páscoa e o mês de Junho. Neste panorama de deserto das actividades para o minibásquete do final dos anos 90, temos de realçar dois eventos realizados no mês de Junho que devem ser aqueles que maior longevidade ininterrupta tem na história do minibásquete em Portugal. O Dia do Minibásquete realizado a 10 de Junho pela Associação de Basquetebol do Porto e o Minicesto, da responsabilidade da Associação de Basquetebol da Madeira.
Hoje em dia são inúmeros os eventos realizados em todo o país, uns de maior envergadura outros menores, e que começam logo em Setembro, como por exemplo o Torneio Internacional organizado na época que agora está a acabar pelo Odivelas, e a terminar em meados de Julho com um torneio de grande envergadura organizado pelo Bonjoanenses com 40 equipas vindas de Espanha e de todos os cantos do país, desde Guimarães até ao Curral das Freiras na Madeira.
Na maioria destes eventos na base da organização estão os pais dos minis, que na retaguarda dão muito do seu tempo, dedicação e esforço, para que tudo corra pelo melhor. Da mesma maneira, que nunca me hei-de cansar, quer isso incomode ou não algumas pessoas, de chamar a atenção para comportamentos de adultos, que considero desajustados a uma competição de crianças, do mesmo modo estou sempre pronto a elogiar quando observo grupos de pais tão empenhados, organizados e coesos para que tudo corra bem e para que no final, todas as crianças saiam desse evento com boas recordações e felizes, como agora aconteceu em Faro.
Há coisas que neste evento podem naturalmente ser melhoradas, nomeadamente a calendarização dos jogos e a organização dos quadros competitivos, mas não é fácil conseguir congregar uma equipa de voluntários tão coesa e dedicada, como aquela que eu pude observar em Faro. Como disse nas minhas palavras finais, antes do Presidente da Câmara de Faro proferir o discurso de encerramento do evento. A perfeição não existe, a perfeição é tentar fazer cada vez melhor, mas esta equipa de voluntários esteve muito próximo da perfeição.
Por tudo aquilo que se viveu este fim-de-semana alongado em Faro parabéns à alma deste evento: Parabéns Nuno Martins.
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