Há diversos motivos pelos quais continuo a gostar de ir, ao fim de tantos anos ligado ao basquetebol, a acções de formação, clinics, etc… Um dos motivos, que fruto da situação que vivemos, não é possível é o contacto com amigos, é a possibilidade de rever quem às vezes já não vejo há muito tempo.
Neste momento infelizmente não temos essa possibilidade e por muito que os meios tecnológicos também permitam a aprendizagem e falarmos uns com os outros, não é seguramente a mesma coisa.
Outro dos motivos, e este sim é possível à distância, é a partilha de experiências, subjacente à grande vontade de continuar a aprender.
Finalmente e certamente não menos importante, a possibilidade que estes momentos me dão para estimular a minha criatividade. Não estou a dizer que “descubro a pólvora”, estou a dizer que encontro caminhos para “descobrir a pólvora.”
Hoje em dia, quando vou a clinics o que mais me seduz é observar perspetivas e pormenores diferentes, sobre exercícios que muitas das vezes já conheço. Gosto imenso de ver uma proposta, às vezes até simples, e começar logo a pensar nas variantes que aquele mesmo exercício pode ter. É um momento de criatividade que me dá muito gozo.
Vem esta breve reflexão a propósito dos exercícios de malabarismo e da proposta que hoje vou apresentar. Nunca me tinha ocorrido que poderia fazer o desenvolvimento da coordenação óculo-manual com base no malabarismo com recurso a uma parede. O facto de estar confinado em casa lembrei-me dessa possibilidade e resolvi pô-la em prática. Este é o meu último artigo destinado ao malabarismo na esperança que tudo passe o mais breve possível com votos de bons treinos.