Nos artigos anteriores escutei várias opiniões de jogadores e jogadoras internacionais sobre as suas vivências nos jogos mistos. Hoje vou narrar um pouco do que foi a minha experiência no Belenenses entre 2014 e 2018, antes de vir para o Funchal.
Quando em Setembro de 2014 cheguei ao Belenenses o clube tinha 12 minis, metade eram rapazes e a outra metade eram raparigas e metade eram Mini-12 e a outra metade eram Mini-10. Quando em 2018 saí do clube para vir para a Madeira o clube tinha quase 80 Minis: Mini-12 quase 40, Mini U-10 mais de 20 e Minis 8 mais de 10. Neste processo de crescimento de praticantes, compreendi que nos Mini-12, quando separei os rapazes das raparigas isso permitiu aumentar e fidelizar o número de praticantes da equipa feminina dos Mini-12. Nunca senti o mesmo problema nos Mini-10 e muito menos ainda nos Mini-8.
Fruto da minha experiência e também com base nas vivências relatadas por seis jogadores/as internacionais, (Ticha Penicheiro, Michelle Brandão, Beatriz Jordão, Miguel Maria Cardoso, Nuno Sá e Miguel Correia) vou então mencionar, quais são então, entre outras, as vantagens e desvantagens dos jogos e equipas mistas no minibásquete:
Vantagens
- Permite que em meios pequenos as possam surgir quer jogadores quer jogadoras;
- Em termos comportamentais ajuda na socialização dos rapazes e da autonomia das raparigas;
- Nas raparigas ajuda em termos de desenvolvimento motor;
- Deixa em rapazes e raparigas recordações positivas.
Desvantagem
- Nalguns contextos, principalmente nos M-12 inibe o surgimento e a fidelização das meninas na prática.