Todos sabemos, que sem investimento não há desenvolvimento e a capacidade de investir depende entre outros fatores, obviamente, das fontes de financiamento. Tanto quanto me apercebi, a federação vai pela primeira vez exigir uma taxa de 2,50 Euros de inscrição para os praticantes de minibásquete, inscrição, que era gratuita.
Não devo andar muito longe da verdade, se pensar que esta taxa vai de um modo geral recair sobre os pais dos minis.
Aprendi com uma sobrinha, que vive na Noruega, um dos países mais ricos do mundo e que em simultâneo melhor sabe redistribuir a sua riqueza pela sua população, uma ideia generalizada da sociedade norueguesa: Não te queixes dos impostos, queixa-te do uso que possam dar à receita dos impostos. Sim, na verdade, não há a possibilidade de haver estados sociais sem haver impostos. A pobreza não é um problema grave na Noruega, onde menos de 1% da população vive em condições consideradas precárias, e onde a distância entre ricos e pobres é uma das menores do mundo. Os noruegueses lideram o Índice de Bem-Estar mais recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), organismo que leva em conta proteção social e distribuição justa de salários. Outro dado importante é que a percepção de corrupção dos eleitores noruegueses é a mais baixa no mundo.
Vem esta ideia, de mediante determinadas condições, não nos queixarmos dos impostos, que me foi transmitida pela minha sobrinha a propósito da taxa que foi instituída para a inscrição dos minis que me parece aceitável, desde que o dinheiro dessa taxa seja efetivamente reinvestido na sua totalidade no desenvolvimento do minibásquete. Em números redondos e considerando que estamos a falar entre vários escalões do mini, masculinos e femininos, em cerca de 10.000 inscrições, o que representa um encaixe anual, grosso modo de 25.000 Euros.
Ninguém tem dúvidas, os números e os factos falam por si, que o minibásquete cresceu e ganhou maior espaço e dimensão na modalidade a partir da criação do CNMB em março de ano 2000.
Como eu gostaria nos dezasseis anos que fui o diretor técnico para a área do minibásquete de 2000 a 2016 ter tido a possibilidade de dispor desse montante para desenvolver e fazer crescer o minibásquete, muito para além do que foi alcançado.