Ano novo, projetos novos, agora que estou reformado e sem compromissos institucionais estou a pensar fazer a história do minibásquete em Portugal desde março de 2000, mês em que foi reativado o CNMB até final julho de 2016,
data em que decidi deixar de ser o responsável pelo minibásquete. Este é o projeto, tenha eu forças e capacidade de o realizar, que ao longo do ano tenciono publicar aqui no Planeta Basket.
Ainda não decidi qual a organização que este projeto vai ter, se será por temas, ou por ordem cronológica. Para me basear em dados concretos pedi na federação os planos de atividades desde o ano de 1999/2000 até 2015/2016. É sempre um desafio e um risco ser juiz em causa própria, mas erro maior será não haver nenhum registo da atividade do que foi a evolução, crescimento e desenvolvimento do minibásquete após a reativação do CNMB em 2000.
Sei que o orgulho, como qualquer outro sentimento, tem os seus riscos. Tenho, por natureza, algum pudor em falar sobre o que consegui construir, com o envolvimento, colaboração e ajuda de muita gente, nos dezasseis anos que fui diretor técnico do minibásquete na federação. Contudo a falsa modéstia também pode ser como diz Jean de La Bruyère “o último requinte da vaidade”.
Como referi, é sempre difícil e delicado sermos juízes em causa própria, mas não tenho vergonha nenhuma em afirmar, que se a minha passagem pela federação, não trouxe mais valias nenhumas ao minibásquete, como os meus detratores e pessoas que não concordam com as minhas orientações, aberta ou mais veladamente insinuam, pelo menos sinto que tenho a grande virtude e o mérito de ter trazido o tema do minibásquete tão esquecido e ostracizado na modalidade na década de 90, para a ordem do dia no universo do basquetebol.
A título de exemplo, antes de 2000, não existia ou tinha desaparecido na federação o cargo de diretor técnico exclusivo para a área do minibásquete. Os cursos do Nível 1 não tinham tido conteúdos destinados ao minibásquete, nunca tinham existido clinics internacionais destinados apenas ao minibásquete. Muito mais poderia referir, mas estes temas e outros serão abordados no projeto que tenho em mente. Não vai ser uma tarefa fácil e terá sempre inevitavelmente o cunho de alguma subjetividade.
Na certeza, porém, que ninguém faz nada sozinho, tudo o que nesses 16 anos foi alcançado, não foi obra minha, foi trabalho de muita gente que felizmente consegui motivar e mobilizar para realizar os muitos eventos, entre os quais destaco, em dezasseis anos os 28 jamborees nacionais e a construção da Festa do Minibásquete em Paços de Ferreira.
Sendo a infância e principalmente a adolescência, a idade de ouro para se criarem amigos duradouros, durante este trajeto surgiram profundas amizades, pessoas que me abrem as portas das suas casas como se fosse família. Na minha idade pensava tal já não ser possível acontecer.
A todos os meus novos amigos e a todos os que nesses 16 anos me ajudaram e acompanharam o meu enorme obrigado. Viva o minibásquete e obrigado pelas amizades que este me proporcionou.
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