Minibasquete: ensino do jogo
 
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Minibasquete: ensino do jogo

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Luís LaureanoO ensino do Minibasquete difere de treinador para treinador e de clube para clube.

Costuma dizer-se que “cada cabeça sua sentença” mas o fundamental é que se obtenham resultados na evolução das crianças, seguindo um outro caminho. É importante que tenhamos confiança, acreditando no que fazemos, quer se trate de métodos ou de simples exercícios.

Para a criança o Minibasquete deve ser fonte de prazer e de divertimento, não só pelo jogo em si mas também, pelo convívio com os amigos da sua idade e o “amigo” maior o seu treinador.

Um outro objectivo importante do Minibasquete é poder contribuir para o desenvolvimento integral e harmónico de cada criança.

Para mim, o Minibasquete como jogo colectivo pressupõe que todos os praticantes tenham as mesmas hipóteses de terem em seu poder a bola, para executarem qualquer dos gestos técnicos – drible, lançamento ou passe.

O ensino destes gestos técnicos poderá seguir esta ordem ou outra, sabendo naturalmente que pelo egocentrismo característicos destes escalões etários, o drible e o lançamento são aqueles que mais monopolizam a atenção dos pequenos atletas e poderão ser os primeiros a serem ensinados separadamente e associados de forma a aproximarem-se da realidade do jogo.

Contudo, para mim, no ensino do jogo propriamente privilegio o passe, de forma a torná-lo mais colectivo e a permitir que todos tenham as mesmas hipóteses na sua prática. Assim, procuro em situações numéricas de 1x1, com apoio do treinador (passador), 2x2 e 3x3, que o jogador com bola, tenha sempre a possibilidade de olhar e ver se tem um companheiro ou treinador à sua frente a quem possa passar e de seguida correr (cortar) para a frente, respeitando distâncias, que lhe permitam receber novamente.

Se o jogador com bola não tem nenhuma possibilidade de passe à sua frente, porque os companheiros estão marcados ou porque se encontra mais adiantado, deve driblar para se aproximar do cesto e lançar. Se quando recebe a bola se encontra junto ao cesto a sua preocupação deve ser a de lançar.

Numa fase posterior e mais próxima da passagem aos Sub 14 e, quando o grupo o permite, procuro que o jogador com bola, resultante, por exemplo, de um ressalto na sua tabela, que procure um companheiro à sua frente, preferencialmente numa posição lateral, para um primeiro passe e de seguida corra para a frente.

O jogador que recebe o primeiro passe (qualquer que ele seja, o objectivo é que todos aprendam a conduzir a bola), se tem o caminho livre pode driblar mas sem deixar de ter em vista o passe ao companheiro melhor colocado.

Penso que, no Minibasquete não devemos começar a especializar os atletas para determinada função que, no futuro possam vir a desempenhar, mas sim, permitir a todos que desenvolvam as suas capacidades, enriquecendo a sua bagagem de potencialidades para mais tarde, em função das suas características físicas, técnicas e tácticas poderem ser jogadores mais completos no desempenho de qualquer posição (base, extremo ou poste).

 

Comentários 

 
0 #3 Ponte e Sousa 12-03-2012 23:11
Um "bem haja" ao meu "supervisor de estágio"!
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+2 #2 Sérgio Pereira 21-01-2012 20:53
Plenamente de acordo Prof.
Grande Abraço
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+1 #1 San Payo Araújo 21-01-2012 18:39
Caro Luís

Bem-vindo ao Planetabasket, nomeadamente com um artigo sobre o ensino do minibásquete. É bom que treinadores com largos anos de actividade relatem um pouco da sua longa experiência.

Um abraço
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