Aos pouco e de uma forma estranha, força dos tempos que vivemos, estão a recomeçar os treinos que visam a formação das crianças e jovens. Em breve retomaremos as competições destinadas aos mais novos.
Contudo, competição e formação estão de tal modo interligadas, que me permite alertar, não para os objectivos incorrectos da competição infantil, mas para os perigos da formação, que tem subjacente os seguintes objectivos:
- Sou contra a formação que promove o adestramento das crianças.
- Sou contra a formação que promove a especialização precoce.
- Sou contra a formação em que as crianças e jovens são instrumentos dos interesses dos adultos.
- Sou contra a formação que em função do resultado nos jogos se ensina a mentir.
- Sou contra a formação em que a criança é encarada como um cifrão.
Os treinos e a competição são necessários para a formação, mas estes treinos e competição não são bons ou maus de per si. No minibásquete, serão bons se ajudarem ao desenvolvimento individual da criança, promovendo a melhoria das suas capacidades e a sua autonomia, em simultâneo com o desenvolvimento e compromisso do colectivo, promovendo a capacidade de cooperação com os seus companheiros de equipa. Sou pela formação que promove o desenvolvimento físico, desportivo, social e intelectual das crianças. Dentro desta perspectiva as minhas melhores medalhas, o maior elogio que os pais me podem dar, e felizmente já o ouvi muitas vezes: É o meu filho/filha está mais autónomo mais responsável, o meu filho/a cresceu.
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